domingo, 2 de setembro de 2012

Marapanim, a borboletinha do mar...

 
No nordeste paraense, a 120 Km Belém, encontra-se uma cidade hospitaleira que fascina por sua cultura, história e belezas naturais. O oceano Atlântico banha e guarda a cidade de Marapanim, nome que, em nheegatu (linguagem índigena), significa “borboletinha do mar” ou “borboletinha d’água”. A escolha foi feita pelos índios da região a um rio que por ali corria, em cujas margens podia-se ver um grande número de borboletas pequenas.

A História de Marapanim teve inicio no século XVII, quando os padres jesuítas chegaram e fundaram uma fazenda, que chamaram de “Bom Intento”. A fazenda, na época da Lei Pombalina, em 1775, foi confiscada dos jesuítas e entregue à particulares. O domínio das terras chegou às mãos do padre José Maria do Valle, que separou uma parte, doando-a para criação de uma freguesia.

Em 1833, durante a Independência, a freguesia do Bom Intento ficou sob a jurisdição da vila de Cintra, hoje município de Maracanã. Em 1850, já era povoado. Em 1869 foi elevado à categoria de freguesia, sob a proteção de Nossa Senhora da Vitória, continuando, porém, a pertencer a Cintra. A autonomia veio em 1874, mas sua instalação só ocorreu quatro anos mais tarde, em 1878, com a eleição dos vereadores e juiz de paz.

A emancipação municipal durou até dezembro de 1930, quando o município de Marapanim foi extinto, por meio de um decreto, e entregue a Curuçá. Entretanto, menos de um mês depois, o decreto nº 111, de 21 de janeiro de 1931, tornou-se sem efeito a extinção.
 
Hoje com uma população de cerca de 27 mil habitantes que vivem basicamente da pesca artesanal, agricultura, comércio e serviços, o município é um dos mais promissores pólos turísticos e culturais do Estado, sendo integrante da chamada Amazônia Atlântica.
 
Barco de pescadores artesanais de Marapanim
 
Suas belezas naturais são pródigas e muito procuradas, destacando-se as praias oceânicas de Marudá, Crispim, Camará, Sacaiteua, entre outras. Também seus rios e igarapés compõem com a floresta cenários maravilhosos, misteriosos recantos que inspiram as histórias e a poesia dos poetas e compositores de carimbó dessa região.
 
Falando no Carimbó, esse é sem dúvida uma das principais riquezas culturais do município, ao lado das inúmeras outras manifestações populares que aí existem e resistem ao tempo, revelando que esse povo possui uma poderosa capacidade de preservar sua memória.
 
Uma dos muitos locais onde o Carimbó tradicional permanece vivo e presente no cotidiano de seus moradores, Marapanim reivindica há muito tempo a condição de berço da manifestação, por conta dos relatos orais que atravessaram gerações e nos informam do surgimento desse ritmo ancestral em pleno século 19 na localidade de Maranhãozinho, hoje uma vila da região da Água Doce desse município.
 
Trapiche da Vila de Arsênio, próximo ao Maranhãozinho
  
O fato é que em Marapanim o Carimbó é realmente uma referência cultural profunda, com mais de 40 grupos musicais em atividade, distribuídos em praticamente todas as comunidades do município. São dezenas de mestres, músicos, dançarinos, aprendizes e brincantes dessa manifestação, o que garantiu a Marapanim a condição de "Capital do Carimbó".
 
Venha conhecer Marapanim, sua gente e seus encantos. Esperamos vocês com a energia e alegria de nossos tambores e nosso canto mágico.
 
Como chegar?
§ De Belém a Marapanim são apenas 120 km, saindo pela rodovia BR-316 até a cidade de Castanhal, seguindo então pelas rodovias PA-136 e PA-138 (Rodovia Marapanim-Marudá).
 
§ Na Rodoviária de Belém se encontra ônibus e vans que fazem linha direta diariamente. Em Castanhal também há um terminal de vans e ônibus que fazem o percurso todos os dias em vários horários.
 

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